Como a atividade física pode aliviar a depressão
- Psicóloga Amanda Catuna
- 17 de abr. de 2024
- 3 min de leitura
Atualizado: 10 de mai. de 2024
Novos estudos apontam que atividade física, mesmo em menor intensidade, pode ajudar a reduzir os sintomas depressivos, junto com a psicoterapia e medicação.
Você já se perguntou como algo tão simples como dar uma caminhada pode afetar positivamente a sua saúde mental? Novos estudos recentes revelam que atividade física, mesmo em menor intensidade, pode ser um componente crucial no combate à depressão. Neste artigo, vamos explorar como o exercício pode ser uma ferramenta poderosa quando combinado com psicoterapia e medicação no tratamento da depressão.
Estudos Científicos
Nos últimos anos estudos científicos têm comprovado consistentemente a eficácia do exercício no tratamento da depressão. Uma meta-análise publicada no JAMA Psychiatry em 2018, por exemplo, revisou dados de mais de um milhão de pessoas e concluiu que a prática regular de atividade física está associada a uma redução significativa no risco de desenvolver depressão.
Outro estudo, publicado na revista Frontiers in Psychiatry, analisou os efeitos do exercício aeróbico e do treinamento de força na depressão e descobriu que ambos os tipos de atividade física foram eficazes na redução dos sintomas depressivos.
Já um estudo de 2024, publicado no British Medical Journal (BJM) fez mais uma descoberta notável: a prática regular de exercícios físicos leves também podem ser um tratamento eficaz para a depressão. Com mais de 14.000 participantes, este estudo revelou que até atividades leves, como caminhar, tiveram um impacto significativo na redução dos sintomas depressivos.
Por que a atividade física é tão importante no tratamento da depressão?
A atividade física é importante no tratamento da depressão porque estimula a produção de endorfinas, os hormônios do bem-estar, que têm demonstrado aliviar os sintomas da depressão e reduzir a dor emocional. Além disso, a prática regular de exercícios pode melhorar o humor, aumentar a autoestima e promover uma sensação geral de bem-estar.
O exercício físico regular pode ajudar a:
Reduzir os sintomas: como tristeza, desânimo e falta de energia.
Aumentar os níveis de neurotransmissores no cérebro, como serotonina e dopamina, que estão associados ao bem-estar emocional.
Melhorar a qualidade do sono, o que pode ser prejudicado pela depressão.
Aumentar a autoestima e a autoconfiança, promovendo uma sensação de realização e controle sobre a própria vida.
Quais são os melhores exercícios para melhorar a depressão?
Exercícios de maior intensidade, como corrida ou treinamento de força, podem ter um impacto mais significativo na redução dos sintomas depressivos. No entanto, mesmo atividades mais leves, como caminhar ou praticar ioga, demonstraram ser eficazes. A chave é encontrar uma atividade que você goste e que se adapte ao seu estilo de vida.
Diferenças entre sexo e idade
Pesquisas mostram que homens e mulheres podem responder de maneira diferente a diferentes tipos de exercícios. Por exemplo, enquanto o treinamento de força pode ser mais eficaz para as mulheres, a ioga pode ser mais benéfica para os homens. Além disso, manter o hábito de se movimentar mostrou-se eficaz para todas as faixas etárias, independentemente do sexo.
Dicas práticas para incorporar atividade física na rotina
Agora que entendemos os benefícios do exercício para a depressão, vamos explorar algumas dicas práticas para começar:
Comece devagar e aumente gradualmente: Não se sobrecarregue com exercícios intensos logo de início. Comece com atividades simples, como caminhadas curtas, e aumente a intensidade e a duração conforme sua resistência e confiança aumentam.
Encontre algo que você goste: Escolha atividades físicas que você realmente aproveite, seja dança, natação, ciclismo, treino de força ou yoga. Isso tornará mais fácil manter uma rotina consistente.
Estabeleça metas: Defina metas alcançáveis e mensuráveis para ajudar a manter-se motivado e focado em seus objetivos de atividade física. Exemplo: Caminha de 30 minutos, três dias da semana.
Faça exercícios com outras pessoas: Exercitar-se com amigos ou familiares pode tornar o processo mais divertido e social, além de fornecer apoio mútuo.
Seja gentil consigo mesmo: Lembre-se de que o importante é ser consistente, não perfeito. Não se puna por faltar a uma sessão de exercícios ocasional. O importante é retomar e continuar.
A combinação de atividade física, psicoterapia e, quando necessário, medicação pode ser uma abordagem eficaz no tratamento da depressão. Ao incorporar o exercício em sua rotina diária, você está dando um passo importante em direção a um futuro mais saudável e feliz. Seja gentil consigo mesmo, faça um plano que funcione para você e nunca subestime o poder da movimentação para melhorar sua saúde mental.
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